País à beira-mar plantado de origem humilde e de grandes feitos, eis os Lusitanos.

Povo que segundo alguns “ não se governa nem se deixa governar “ está hoje a perder as suas origens e os seus valores. Com o avançar do tempo verificaram-se alterações sociais profundas nesta nossa recente democracia, esperanças de melhores dias alastravam no nosso Portugal.

Verificou-se a vitória da suposta liberdade e o país viveu uma abertura repentina que nos levou para a rota da Europa que conhecemos hoje. Durante esta viagem observou-se que as ânsias de um futuro brilhante para o nosso país foram perdendo força e actualmente vivemos num clima de descrédito por aquilo que realmente é nosso, Portugal. Perdeu-se a valorização do que é nosso e actualmente pagamos o preço de uma educação moribunda, impunidade judicial e uma certa anomia social dos mais variados valores que um cidadão deve possuir. Para tal contribui cada vez mais uma classe política composta por um grupo restrito e repetido de pessoas que fazem do debate político uma arma de pura demagogia e discurso oco. Caras novas são necessárias ao panorama político nacional, é necessário motivar o interesse pelo acto mais nobre de um cidadão, participação política, de forma a recuperar alguns dos valores perdidos no tempo.

Ainda há tempo para um grande Portugal, um Quinto Imperio, espiritual.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Triste Republica


Professora garante que "ninguém" vai "recriar Mocidade Portuguesa"
Ontem



A coordenadora do projecto que hoje, quarta-feira, promove um desfile de mais de mil crianças em Aveiro garante que "não vai haver ninguém a recriar a Mocidade Portuguesa" e que a contestação do BE assenta em informação errada.

"Não vai haver nenhum desfile de Mocidade, não vai haver nenhuma criança a cantar o hino da Mocidade, não vai haver ninguém a recriar a Mocidade", garantiu à Lusa Joaquina Mourato, professora do 1.º ciclo do agrupamento de escolas de Aveiro e coordenadora do projecto educacional "Reviver 100 anos de História".

No passado mês de maio, o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares apresentou um requerimento na Assembleia da República a questionar o Ministério da Educação sobre se tinha conhecimento desta iniciativa que, segundo sustentou, "obriga alunos menores de idade a serem actores num ato laudatório e acrítico de uma página negra da História de Portugal".

Em resposta, a professora afirmou à Lusa que "o BE contestou aquilo que não existe" e "afirmou que iria acontecer uma coisa que não vai acontecer".

Negar a história do nosso país e impedir uma reconstituição histórica por parte de um grupo de alunos de Aveiro pelo simples facto que possuíam adereços da mocidade portuguesa revolta-me profundamente, triste hipocrisia portuguesa. São atitudes como estas que cada vez me faz considerar que, observando a 1ª Republica e o estado actual da sociedade, cometemos novamente um erro.Estas subtis atitudes que me fazem recordar o “centralismo democrático” em nada são coincidentes com a liberdade de Abril que muitos afirmam tão afincadamente em determinadas alturas. O deputado Pedro Soares (BE) talvez na procura de algum populismo veio mais uma vez confirmar o radicalismo das suas ideologias.Retiremos de vez as talas da ignorância dos olhos e de uma vez por todas assume-mos que a ponte 25 de Abril é ponte Dr. Salazar, que não existe qualquer problema em fazer um museu em Santa Comba Dão e que uma reconstituição histórica, em tudo semelhante ao programa “Conta-me como foi” (RTP1), não tem qualquer problema. Às vezes a emenda é pior que o soneto, a liberdade não possui apenas uma direcção ou um campo de acção que funciona ao gosto de cada um. A história não deve ser moldada para satisfação de caprichos pessoais.