País à beira-mar plantado de origem humilde e de grandes feitos, eis os Lusitanos.

Povo que segundo alguns “ não se governa nem se deixa governar “ está hoje a perder as suas origens e os seus valores. Com o avançar do tempo verificaram-se alterações sociais profundas nesta nossa recente democracia, esperanças de melhores dias alastravam no nosso Portugal.

Verificou-se a vitória da suposta liberdade e o país viveu uma abertura repentina que nos levou para a rota da Europa que conhecemos hoje. Durante esta viagem observou-se que as ânsias de um futuro brilhante para o nosso país foram perdendo força e actualmente vivemos num clima de descrédito por aquilo que realmente é nosso, Portugal. Perdeu-se a valorização do que é nosso e actualmente pagamos o preço de uma educação moribunda, impunidade judicial e uma certa anomia social dos mais variados valores que um cidadão deve possuir. Para tal contribui cada vez mais uma classe política composta por um grupo restrito e repetido de pessoas que fazem do debate político uma arma de pura demagogia e discurso oco. Caras novas são necessárias ao panorama político nacional, é necessário motivar o interesse pelo acto mais nobre de um cidadão, participação política, de forma a recuperar alguns dos valores perdidos no tempo.

Ainda há tempo para um grande Portugal, um Quinto Imperio, espiritual.

sexta-feira, 2 de março de 2012

“Desabafos de um qualquer jovem português”


Num país onde a educação é sinonimo de facilitismo com o lema de uma “nova oportunidade”, num país onde todos gritam afincadamente por direitos iguais e se esquecem que a virtude está na igualdade de oportunidades, num país onde se procura efectuar por via fiscal um nivelamento por baixo da sociedade, num país onde o mérito é prontamente abafado pelo carneirismo, isto é, o modus operandi de acesso ao elevador social, num país onde o conceito de interesse nacional se perdeu em prol do conceito de umbigo, num país onde uma geração lutou pelo direito ao voto e agora a legitimação dos cargos políticos é menor que o desinteresse pelos mesmos, num país onde se consagra por via legal os piquetes de greve, greves que prejudicam trabalhadores, empregadores, utentes, a comunidade. Num país marcado pela anomia social onde os valores da Família, Hierarquia, Trabalho e sobretudo da Verdade se perdem todos os dias, num país onde se gastam milhares de euros em propaganda politica, num país onde os políticos não são responsabilizados pelas suas actuações, num país onde a justiça, pilar de um estado de Direito, se encontra descredibilizada marcando a justiça popular pontos nos meios de comunicação social, meios esses que servem de veiculo de propagação à pior das doenças, a ignorância. Num país onde o expoente máximo do reconhecimento social é um qualquer jogador de futebol ou um cantor de música pop que faça parte de uma qualquer série televisiva que “leve açúcar”, chega-nos para adoçar o espírito. Num país onde os jovens são convidados a emigrar por um qualquer secretario de estado, num país onde 14,8% das pessoas não têm emprego, num país onde o mais alto cargo politico da nação afirma que o vencimento que aufere não é suficiente..

Mas não há que desanimar, a política de “pão e circo” chega para alimentar o povo, isto é, desde que um qualquer Benfica vença todas as semanas e o preço da cerveja não aumente substancialmente estará assegurada a estabilidade social e o mundo da participação politico-cívica será sempre desinteressante e de difícil cativação.

Peço desculpa pelo tom mas estou grávido e com desejos, gravido de um V Império espiritual, desejos de um país diferente.