País à beira-mar plantado de origem humilde e de grandes feitos, eis os Lusitanos.

Povo que segundo alguns “ não se governa nem se deixa governar “ está hoje a perder as suas origens e os seus valores. Com o avançar do tempo verificaram-se alterações sociais profundas nesta nossa recente democracia, esperanças de melhores dias alastravam no nosso Portugal.

Verificou-se a vitória da suposta liberdade e o país viveu uma abertura repentina que nos levou para a rota da Europa que conhecemos hoje. Durante esta viagem observou-se que as ânsias de um futuro brilhante para o nosso país foram perdendo força e actualmente vivemos num clima de descrédito por aquilo que realmente é nosso, Portugal. Perdeu-se a valorização do que é nosso e actualmente pagamos o preço de uma educação moribunda, impunidade judicial e uma certa anomia social dos mais variados valores que um cidadão deve possuir. Para tal contribui cada vez mais uma classe política composta por um grupo restrito e repetido de pessoas que fazem do debate político uma arma de pura demagogia e discurso oco. Caras novas são necessárias ao panorama político nacional, é necessário motivar o interesse pelo acto mais nobre de um cidadão, participação política, de forma a recuperar alguns dos valores perdidos no tempo.

Ainda há tempo para um grande Portugal, um Quinto Imperio, espiritual.

sábado, 21 de maio de 2011

“Da Democracia ao Abstencionismo, passando pela Responsabilidade Parental”


Eleição após eleição tem se observado que a tendência de vitória nas referidas não pertence a um partido político, um movimento cívico ou mesmo um politico só, afinal quem ganha é uma postura, e essa postura é o abstencionismo.

Quando o gesto estrutural de todo o modelo de participação democrática, leia-se voto, é relegado para segundo plano em prol de um bom dia de sono ou mesmo um solarengo dia de praia algo não pode estar bem.

A apatia política não convive com a teoria democrática que prescreve a participação activa e permanente no processo de tomada de decisões políticas e públicas, é necessário a consciencialização de que a fuga e falta de capacidade para enfrentar os problemas nacionais pouco têm que ver com a falta de motivação mas sim com uma postura cultural de comodismo e critica destrutiva fácil.

Quanto menor for o interesse dos cidadãos em participar na vida politica, mais os governantes se tornam irresponsáveis no desempenho das suas funções levando a que os referidos não tenham em conta as opiniões e interesses do eleitorado abstencionista.

Com os níveis de participação cívica através do voto reduzidos a metade da população só se pode concluir que existe uma lealdade deficitária ao regime e que a “atmosfera política” carece de substrato entrando num ciclo vicioso de crescente alienação da questão pública.

Em suma, a responsabilidade de ter um filho não termina com o nascimento, é necessário todo um conjunto de cuidados inerentes ao mesmo, a nossa democracia esta cada vez mais perto de estar órfã de pais que apenas quiseram o parto.

Onde anda a geração de Abril? Aguardo por dia 5 de Junho.