País à beira-mar plantado de origem humilde e de grandes feitos, eis os Lusitanos.

Povo que segundo alguns “ não se governa nem se deixa governar “ está hoje a perder as suas origens e os seus valores. Com o avançar do tempo verificaram-se alterações sociais profundas nesta nossa recente democracia, esperanças de melhores dias alastravam no nosso Portugal.

Verificou-se a vitória da suposta liberdade e o país viveu uma abertura repentina que nos levou para a rota da Europa que conhecemos hoje. Durante esta viagem observou-se que as ânsias de um futuro brilhante para o nosso país foram perdendo força e actualmente vivemos num clima de descrédito por aquilo que realmente é nosso, Portugal. Perdeu-se a valorização do que é nosso e actualmente pagamos o preço de uma educação moribunda, impunidade judicial e uma certa anomia social dos mais variados valores que um cidadão deve possuir. Para tal contribui cada vez mais uma classe política composta por um grupo restrito e repetido de pessoas que fazem do debate político uma arma de pura demagogia e discurso oco. Caras novas são necessárias ao panorama político nacional, é necessário motivar o interesse pelo acto mais nobre de um cidadão, participação política, de forma a recuperar alguns dos valores perdidos no tempo.

Ainda há tempo para um grande Portugal, um Quinto Imperio, espiritual.

terça-feira, 19 de junho de 2012

“Hipocrisia de uma indignação irresponsável”


O flagelo da pobreza é do conhecimento não só da população em geral, que a sente na pele, como igualmente dos governantes, que a têm procurado remendar com apoios provenientes do Estado. Para além de se atribuir o rendimento social de inserção a quem mais necessita, parece de bom-tom reflectir e descortinar formas práticas de se ajudar as pessoas a sair do estado a que a ciência económica denomina como” limiar da pobreza”.
Fala-se muito de solidariedade, mas pouco de soluções. Pensemos no emprego, será de difícil compreensão que a diminuição da carga fiscal a que as empresas estão sujeitas, com a contrapartida das referidas apostarem na contratação de funcionários, produziria assim um efeito benéfico tentacular a todas as camadas da sociedade, entenda-se, empregadores e novos empregados, vendedores e consumidores? E as quedas no IRC? questionariam os maís cépticos, resposta simples, seriam compensadas com o IRS e com o IVA, porque tanto o rendimento como o consumo aumentariam. Compreendo que não seja a solução para a pobreza, mas viver-se do banco alimentar e do rendimento social de inserção também não. Não se pretende uma classe política que lamente os números da pobreza, quer-se sim uma classe política que pense em modos possíveis de acabar com ela, isto é, procurar construir um país não de direitos iguais mas sim de oportunidades iguais onde cada um assume a responsabilidade das suas escolhas, onde se ensina a pescar e não a receber o peixe, sem falsos paternalismo e redistribuições dúbias da máquina do Estado, atingindo-se assim um patamar de verdadeira liberdade e justiça.

Chega de se andar nas ruas a gritar por direitos iguais sem se compreender os inerentes deveres, chega de se invadir a liberdade de quem nos rodeia com manifestações pessoais de indignação, não compreendendo assim que, a liberdade de cada um termina onde se inicia a liberdade do outro, chega de falsos moralismos populistas de que o mundo é composto por pessoas iguais, chega de inveja de quem arrisca e vence na vida com o seu esforço e empenho, chega de se procurar um nivelamento por baixo quando o que se pretende é um nivelamento superior, em suma, mais trabalho e menos indignação, o país é como uma instituição, uma Família, não se pode gastar mais do que se ganha.