País à beira-mar plantado de origem humilde e de grandes feitos, eis os Lusitanos.

Povo que segundo alguns “ não se governa nem se deixa governar “ está hoje a perder as suas origens e os seus valores. Com o avançar do tempo verificaram-se alterações sociais profundas nesta nossa recente democracia, esperanças de melhores dias alastravam no nosso Portugal.

Verificou-se a vitória da suposta liberdade e o país viveu uma abertura repentina que nos levou para a rota da Europa que conhecemos hoje. Durante esta viagem observou-se que as ânsias de um futuro brilhante para o nosso país foram perdendo força e actualmente vivemos num clima de descrédito por aquilo que realmente é nosso, Portugal. Perdeu-se a valorização do que é nosso e actualmente pagamos o preço de uma educação moribunda, impunidade judicial e uma certa anomia social dos mais variados valores que um cidadão deve possuir. Para tal contribui cada vez mais uma classe política composta por um grupo restrito e repetido de pessoas que fazem do debate político uma arma de pura demagogia e discurso oco. Caras novas são necessárias ao panorama político nacional, é necessário motivar o interesse pelo acto mais nobre de um cidadão, participação política, de forma a recuperar alguns dos valores perdidos no tempo.

Ainda há tempo para um grande Portugal, um Quinto Imperio, espiritual.

domingo, 27 de março de 2011

Edmund Burke


“A História é feita de um longo depósito de tradições, de prudência, de moral, incorporadas nos usos e nas civilizações, e não das elaborações intelectuais

domingo, 13 de março de 2011

Manifestação “Geração à Rasca”, o outro lado da barricada.

Sem dúvida que este movimento que hoje faz sair à rua tantos descontentes com a sua condição social mereça relevância embora a vocação para o protesto seja já algo quase genético na nossa sociedade, o que poderia até ser uma virtude não fosse a falta de engenho em espelhar a referida nos locais em que fosse mais benéfico para o país e consequentemente para todos nós.

Compreendo o estado a que o país chegou e até posso ser apontado como o descontente numero um da lista mas o discernimento e a procura de questionar o “porquê” das questões leva-me a perguntar quem escolheu o caminho? Resposta fácil, nós. Gostaria igualmente de perguntar onde anda toda a emoção de mostrar o protesto e descontentamento quando existe eleições, sejam elas de que nível, e ano após ano a abstenção e o descredito são os vencedores.

Protestar apresenta-se como um caminho legítimo mas, na minha modesta opinião, protestar contra nós próprios é no mínimo contra censo, já para não falar do comodismo do acto. Desengane-se quem pense que sou contra o protesto, só defendo que o protesto deva ter como finalidade pratica a resolução de algum problema em concreto e propor soluções para o mesmo, em suma, conteúdo útil e positivo para o país.

A força e motivação aplicada nestes gestos de descontentamento demonstrados pela rua, tantas vezes desrespeitadores para com as minorias que pretendem trabalhar e levar a sua vida normalmente esquecendo que o direito termina onde começa o direito do outro, deve ser canalizado para outro tipo de gestos que tragam alguma coisa de positivo para todos, nomeadamente e primordialmente a participação cívica na eleições.

Existem duas máximas que a sociedade portuguesa teima em esquecer, a minoria de hoje pode ser a maioria de amanha e, principalmente, procurar perguntar, o que posso fazer pelo país, e menos o que o país pode fazer por nós.