A proximamo-nos de mais um momento em que os Portugueses são chamados a cumprir um direito, e igualmente um dever, eleições para o Parlamento Europeu. Desde 1986 que Portugal faz parte da comunidade europeia a qual tem mudado a vida de todos os cidadãos, a referida União possui muitas facetas, assumindo protagonismo o mercado único europeu (união aduaneira), uma moeda única, (o euro) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. A União Europeia desenvolve igualmente várias iniciativas para a coordenação das actividades judiciais e de defesa dos Estados Membros.
Após 20 anos é possível fazer uma reflexão sobre o que de positivo e negativo nos trouxe o ingresso na EU. Por um lado verificou-se um forte desenvolvimento ao nível de infra-estruturas sustentado no financiamento comunitário que procurou encaminhar a economia da recente democracia portuguesa para os níveis da união, por outro verificou-se um escandaloso esbanjar de fundos, ou por falta de projectos ou mesmo por aplicações não produtiva dos fundos. Pode-mos apontar o sector agrícola como um exemplo da má gestão de fundos, se, segundo a PAC (Politica agrícola comum), o objectivo passava pela modernização de forma a possibilitar a concorrência dentro do mercado único pode-se afirmar que os nossos governantes falharam redondamente.
Visto de uma perspectiva abrangente é claro que dentro desta “união” ainda prevalece a luta de interesses dos países com mais influência, procurando captar o maior fluxo de capitais e contribuindo o mínimo possível para os fundos da UE o que em nada favorece o nosso país.
Será esta cedência parcial de soberania que implica a UE vantajosa para o nosso País? Talvez, mas ainda nos falta um dirigismo inteligente que nos permita aproveitar ao máximo as contrapartidas de Bruxelas.
Mas, mais grave que todas as problemáticas económicas, é a falta de conhecimento a que o cidadão Português se debate perante uma chamada as urnas. A falta de preparação para um voto europeu é demonstrada pela abstenção prevista, podendo assim apelidar Portugal desconhecedor das problemáticas europeias. Talvez essa falta de conhecimento se explique por vontade política que teme o avanço dos eurocépticos e que leva-se Portugal a dizer “Não” em um qualquer referendo.
Ainda existe muito por fazer.
Europeu sim, Português mais.
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