País à beira-mar plantado de origem humilde e de grandes feitos, eis os Lusitanos.

Povo que segundo alguns “ não se governa nem se deixa governar “ está hoje a perder as suas origens e os seus valores. Com o avançar do tempo verificaram-se alterações sociais profundas nesta nossa recente democracia, esperanças de melhores dias alastravam no nosso Portugal.

Verificou-se a vitória da suposta liberdade e o país viveu uma abertura repentina que nos levou para a rota da Europa que conhecemos hoje. Durante esta viagem observou-se que as ânsias de um futuro brilhante para o nosso país foram perdendo força e actualmente vivemos num clima de descrédito por aquilo que realmente é nosso, Portugal. Perdeu-se a valorização do que é nosso e actualmente pagamos o preço de uma educação moribunda, impunidade judicial e uma certa anomia social dos mais variados valores que um cidadão deve possuir. Para tal contribui cada vez mais uma classe política composta por um grupo restrito e repetido de pessoas que fazem do debate político uma arma de pura demagogia e discurso oco. Caras novas são necessárias ao panorama político nacional, é necessário motivar o interesse pelo acto mais nobre de um cidadão, participação política, de forma a recuperar alguns dos valores perdidos no tempo.

Ainda há tempo para um grande Portugal, um Quinto Imperio, espiritual.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Europa?"




A proximamo-nos de mais um momento em que os Portugueses são chamados a cumprir um direito, e igualmente um dever, eleições para o Parlamento Europeu. Desde 1986 que Portugal faz parte da comunidade europeia a qual tem mudado a vida de todos os cidadãos, a referida União possui muitas facetas, assumindo protagonismo o mercado único europeu (união aduaneira), uma moeda única, (o euro) e políticas agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. A União Europeia desenvolve igualmente várias iniciativas para a coordenação das actividades judiciais e de defesa dos Estados Membros.

Após 20 anos é possível fazer uma reflexão sobre o que de positivo e negativo nos trouxe o ingresso na EU. Por um lado verificou-se um forte desenvolvimento ao nível de infra-estruturas sustentado no financiamento comunitário que procurou encaminhar a economia da recente democracia portuguesa para os níveis da união, por outro verificou-se um escandaloso esbanjar de fundos, ou por falta de projectos ou mesmo por aplicações não produtiva dos fundos. Pode-mos apontar o sector agrícola como um exemplo da má gestão de fundos, se, segundo a PAC (Politica agrícola comum), o objectivo passava pela modernização de forma a possibilitar a concorrência dentro do mercado único pode-se afirmar que os nossos governantes falharam redondamente.
Visto de uma perspectiva abrangente é claro que dentro desta “união” ainda prevalece a luta de interesses dos países com mais influência, procurando captar o maior fluxo de capitais e contribuindo o mínimo possível para os fundos da UE o que em nada favorece o nosso país.

Será esta cedência parcial de soberania que implica a UE vantajosa para o nosso País? Talvez, mas ainda nos falta um dirigismo inteligente que nos permita aproveitar ao máximo as contrapartidas de Bruxelas.
Mas, mais grave que todas as problemáticas económicas, é a falta de conhecimento a que o cidadão Português se debate perante uma chamada as urnas. A falta de preparação para um voto europeu é demonstrada pela abstenção prevista, podendo assim apelidar Portugal desconhecedor das problemáticas europeias. Talvez essa falta de conhecimento se explique por vontade política que teme o avanço dos eurocépticos e que leva-se Portugal a dizer “Não” em um qualquer referendo.


Ainda existe muito por fazer.
Europeu sim, Português mais.

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